Macroeconomia e Principais Ativos no Brasil e EUA

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IBOV – Atualização Janeiro 2023

Olá leitores e amigos.

Nesse post vou atualizar os dados de macroeconomia e comentar sobre os principais ativos financeiros, no Brasil e EUA. Detalhes pormenorizados podem ser acessados no vídeo publicado no dia 11.01.2023 no meu canal.

E mais. Não deixe de acompanhar os demais vídeos do canal no Youtube - Investir cada Cada Vez Melhor – mais de 100 vídeos educativos.

Como sempre, vou dividir a atualização em duas sessões: cenários externo e interno.

Cenário Externo

  1. Juros nos EUA. Na última reunião do FED (dezembro) tivemos um aumento de 0,5% na taxa de juros – atualmente entre 4,25 e 4,5% ao ano. Portanto, já tivemos uma desaceleração da subida dos juros por lá. Os juros ainda devem subir mais, mas num ritmo mais lento, e atingiremos uma taxa entre 5,0 e 6,0% no ano que vem. Próxima reunião do FED ainda nesse mês.
  2. Dólar Index. Após subir boa parte do ano de 2022 e bater a marca de 114 dólares (maior patamar em 20 anos), o dólar index recuou para menos de 104 dólares, e possivelmente continuará em queda em virtude da freada na subida da taxa de juros nos EUA.
  3. China. A política de Covid-Zero na China chegou ao fim e isso deverá impulsionar o PIB Chinês e as commodities, especialmente o minério de ferro e o petróleo.
  4. Bolsas Americanas. Após a forte recuperação dos índices americanos em outubro e novembro (o S&P 500 saltou de 3.500 para 4.100 pontos), estamos numa “congestão” de preços (pequena oscilação nas últimas semanas). A tendência ainda é de baixa (BEAR MARKET), todavia o respeitado trader americano Larry Willians acredita que teremos um ótimo ano para as bolsas americanas em 2023. Eu compartilho desse pensamento, porém acredito que no curto prazo o cenário ainda é desafiador.
  5. Recessão. Se em 2022 a principal preocupação do mercado foi a inflação, o tema internacional para 2023 é a possível recessão nos EUA. Eu continuo achando que se ela ocorrer, será mais branda e rápida do que o consenso do mercado. E por isso estou otimista com as bolsas americanas ao longo de 23.
  6. Ouro. Após recuar em boa parte de 2022, nos últimos meses o metal voltou a superar a marca dos 1.800 dólares no mercado internacional. Alguns gestores de renome acreditam que o ouro poderá ter um ótimo desempenho em 2023, dentre eles, o renomado Luis Stuhlberger. Larry Willians também acredita num bom desempenho do metal.

Cenário Interno

  1. Juros. A taxa Selic está em 13,75% (mantida nas três últimas reuniões) e, provavelmente, cairia a partir de maio / junho de 2023. Porém, após o fim das eleições, o risco fiscal do governo federal aumentou significativamente, em virtude das primeiras decisões do governo eleito, e essa possibilidade ficou arrefecida. Aliás, os juros poderão voltar a subir em 2023, se o risco fiscal agravar. Essa chance é real, caso o governo federal abandone a responsabilidade fiscal. Aliás, esse será o TEMA de 2023 aqui no Brasil. O quadro fiscal balizará os juros por aqui que afetarão os demais ativos financeiros. Fique atento!
  2. Dólar. O dólar deveria cair frente ao real em 2023 em razão da queda do dólar index, do “preço justo” teórico da taxa de câmbio (por volta de 4,25 reais), da valorização das commodities e da entrada de capital externo. Porém, se o fiscal piorar, teremos um cenário oposto e o dólar poderá superar as resistências em 5,50 e 6,00 reais. Um alívio no risco fiscal no primeiro trimestre do governo Lula poderá derrubar o dólar para menos de 5 reais. Continuo achando que o dólar é um bom hedge para a carteira de investimentos. A minha preferência é por investir diretamente em ativos no exterior (EUA).
  3. PIB. A previsão atual do Boletim Focus do Banco Central é de um crescimento do PIB brasileiro na faixa de 1.0% em 2023. Mas isso não deverá se concretizar. A condução da política econômica do próximo governo terá forte impacto no PIB, para o bem ou para mal.
  4. IBOV. Após a significativa queda nos últimos 60 dias (pós-eleição), o IBOV se recuperou nos últimos 6 dias (mais de 8%) – atualmente na faixa de 111 mil pontos (uma correção está próxima). Apesar do valuation extremamente atrativo da bolsa brasileira, acredito também que o caminho do IBOV ao longo de 2023 será guiado pelas políticas econômicas do próximo ministro de economia. Uma curiosidade: de acordo com os relatórios de vários bancos, nacionais e estrangeiros, o downside do IBOV é muito menor do que o upside, isto é, o IBOV tem muito mais espaço para subir do que para cair. Exemplo: segundo o BOFA, o alvo da queda do IBOV num pior cenário seria de 95 mil pontos e 150 mil pontos no melhor cenário em 2023. Boa margem de segurança nos níveis atuais. Resumindo, a bolsa brasileira está barata (P/L menor do que 6), mas o momento ainda é de cautela. Contudo, é preciso agir e rebalancear sua carteira de investimentos, aproveitando os preços atuais de alguns ativos. Seja muito seletivo na escolha das ações!

Abraço.

MJR

*Disclaimer: esse texto tem apenas um caráter educativo e não é uma recomendação de investimentos. E mais. Investimentos em renda variável podem gerar prejuízos.

 

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